"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi."


Cazuza

domingo, 2 de agosto de 2009

Seus olhos azuis, verdes e vermelhos

Não te conheço e já me encanto

defeito meu por me apaixonar pela escuridão

você esta sempre aqui enquanto durmo acordada

sempre a me ver, me vigiar, me seguir, me olhar


Eu não sei o que meu corpo abriga

que me leva a você em cada esquina

meus olhos cintilantes pelorando em sua boca fria

do seu mantra congelado, morto e desarmado


Você nunca vai embora

nunca foi, e parece que nunca irá

seguindo cada olhar meu, cada respiração, cada piscar

e na penumbra dos meus pesadelos, você vai estar lá


Não há novidade em questão

já é tudo velho, tão acostumado como um sapato surrado

você já me vem com este olhar triste o qual não consigo encarar

e seus olhos azuis, verdes e vermelhos me abalam de uma só vez


Eu desisto, não quero mais resistir

já me entreguei aos fatos que esse ódio de ter ver assim

é amor traduzido, é desejo contido,

é você, sempre você dentro de mim

Nenhum comentário: