A cachorrada nova ta solta
e ninguém aqui quer sair de casa
Nas esquinas, chinelos e pão
e o circo já vem chegando
Corram todos, venham ver
fantoches novos que brilham no escuro
bem maleáveis e manipuláveis
com espinhos na ponta do nariz
Esquinas escuras, ameixas maduras
todos querem um pedaço de si mesmos
para guardar secretamente
no apego do seu bolso, sem ninguém nos ver
O circo é o lar de nossas antigas crianças,
enrugadas e moribundas,
semi mortas e vagabundas
vivendo no cemitério do nosso tempo que nunca morreu
Todas querem fazer parte dessa escultura
e correm infinitas vezes em seus lugares
com fitas vermelhas enfeitadas de prata
na sua eterna negação do inevitável
"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi."
Cazuza
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
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11 comentários:
Noto uma recorrente questão de liberdade nos seus textos.
Você se sente restringida?
Você não?
Não há limites para um gato com uma torrada nas costas. Quanto ao Claudio, nenhuma sensação de restrição.
Não é o que parece nas nossas conversas pessoais, hein Claudio meu querido..
AhaahahaHAha... ate q enfim alguém fez essa pergunta! :P
haha
E você vai me dizer que você não, Sayd? :O
Sério! Não tanto... não em primeiro plano! Já disse... vc tem a sorte e o azar de fazer parte daquela raça de incendiários e quem sabe visionários...
Rimbaud, Blake... mas q aqui são nomes sendo citados! hha
beijo! :P
Sa, não precisa ser Rimbaud pra perceber que estamos todos numa prisão..
Ninguém está dentro de prisão, a prisão está dentro das pessoas.
Ok, Claudio... Um dia você me entende. Vamos sair amanhã?
HAHAHA que ótimo, odeio reler poemas antigos, que infantil e bobo rsrs.. Mas sim, agora vejo, estavamos mesmo numa prisão, e ainda estamos.. Mas agora dizem que o Gigante Acordou... Ainda falta muito, mas estamos por ai...
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